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O filme mais polêmicos dos últimos tempos!

18 de mai. de 2013



A Serbian Film - Terror sem limites (Srpski film, 2010).
Direção: Srdjan Spasojevic.
Roteiro: Srdjan Spasojevic, Aleksandar Radivojevic.
Gênero: Drama/Terror.
Origem: Sérvia.
Duração: 104 minutos.



Um filme que quer chocar por chocar – e talvez o que tenha feito isso de forma mais impactante e cruel –, mas que, em meio ao seu exagero, ainda tenta ser uma crítica à perversidade da indústria pornográfica. Este é A Serbian Film, dirigido por Srdjan Spasojevic.



 Passada a polêmica, assistimos ao intenso A Serbian Film

O filme, censurado no Brasil em 2011, orbita em torno do protagonista Milos (Srdjan Todorovic), ex-ator de filmes pornô, que, após ter constituído família, deixou sua carreira de lado e encontra-se em complicações financeiras. Entretanto, seu passado nunca fica de lado, seja por seu filho que, deixado sozinho, acaba assistindo o próprio pai atuando, ou pela esposa que compara as relações sexuais do casal com as das atrizes com quem ele estivera nas telas. Mais ainda, esse passado está dentro dele – a falta que sente daqueles filmes.
Então, pela recomendação de uma antiga colega, Vukmir (Sergej Trifunovic), um produtor desconhecido surge com a proposta de um filme pornô levado às últimas consequências. Se Milos, a princípio, não quer aceitar, é manipulado a participar de uma série de cenas que levam o espectador a uma aflição cada vez maior. Pedofilia (o “newborn porn”, ou contra o próprio filho, mas sem saber que era ele), necrofilia, torturas, dor ao extremo e mortes violentas, tudo visto de forma explícita e sem atenuantes.

 Passada a polêmica, assistimos ao intenso A Serbian Film

A questão que fica é a seguinte: qual o objetivo do filme? Como todos comentam a respeito da crítica política à decadência sérvia que Spasojevic pretendia, não é isso que fica em evidência, mas o aspecto gore (subgênero de filmes de terror que abusam de mutilações, torturas e outras formas de violência) unido à sexualidade no seu lado mais doentio.
Apesar de tudo, o diretor soube unir o repugnante às técnicas mais acertadas para realçar esse efeito, contando com uma fotografia sombria e uma trilha sonora rude, trazendo o espectador para um simulacro de seus piores pesadelos de forma ininterrupta, condensando num filme uma possibilidade de inferno em nosso mundo.

 Passada a polêmica, assistimos ao intenso A Serbian Film

Porém, a exposição fica por isso mesmo. Ao invés de fazer uma abordagem do caos motivado pelo sexo com reflexões profundas e um roteiro que conduz à indagação psicológica na existência humana, como vemos no O Anticristo de Lars von Trier, A Serbian Film agarra o aspecto repulsivo e controverso dessa temática e desafia o espectador a indagar-se: “até que ponto ele irá?”, mas sem trazer nada além de uma  crítica, enfraquecida pelos excessos do filme, associada à exploração e criação de vítimas – seja o estupro de um recém-nascido, o do próprio filho, o da mulher decapitada ou de todas as personagens violentadas.

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